Mostrando postagens com marcador banco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador banco. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de setembro de 2012

BANCO COXINHA S/A.

Marlene atendeu seu último cliente com uma fome cruel.
Trancou a gaveta de seu caixa e lamentou não poder encarar um feijoada naquela quarta-feira, teria que se esforçar e ficar só com uma coxinha.
Cruzou a rua rumo ao Boteco Rapidinho com a água já brotando na boca.
Pisou com o pé direito dentro do boteco e um rapaz meio ensebadinho falou prá ela com uma surpreendente voz autoritária e absolutamente impessoal:
- Não pode entrar com celular, nem com carteira, nem com chave... e essas pulseiras ai também não "pode"...
Marlene sem entender deu um passo atrás.
O rapaz completou, agora já com uma afirmação mais contextualizada dentro do campo pessoal:
- A senhora é a Dona Marlene do Banco Coxinha né?... então, bancário não pode entrar aqui no boteco com celular, nem com carteira, usando capacete, com mochila, guarda-chuva também pode não.
Marlene foi falar mas o ensebadinho completou muito mais ligeiro:
- A senhora vai ter que deixar tudo do lado de fora se quiser entrar aqui...
Marlene ficou com cara de bosta e não sabia se ria ou chorava, só conseguiu falar:
- Mas vocês não tem guarda volumes aqui, onde eu vou deixar...
O ensebadinho cortou fulminante:
- Não sei, e também bancário não pode usar o banheiro aqui não, já tá sabendo né? e a senhora tem que afastar um passo agora, tem que voltar prá calçada.
Nisso entra um eletricista carregando uma sacola de ferramentas e o ensebadinho nem toma conhecimento.
Marlene indignada então fala:
- Eu não vou entrar nessa porcaria...
O ensebadinho nem ouvia o que ela falava e não fazia conta alguma, só disse:
- A senhora vai ter que pagar R$ 14,70 por ter pisado no boteco e por ter usado o meu serviço de informações, mas essa taxa vale por 30 dias, fique tranquila...
- E você acha que eu vou pagar?
- Sei lá, se não pagar a gente manda seu nome prá Serasa, dá um passo prá trás que a senhora esta atrapalhando os outros clientes.
Entra uma senhora com um carrinho de feira e um rapaz com um skate.

terça-feira, 17 de julho de 2012

ACHOU, NÃO É SEU... DEVOLVA...

E assim  aconteceu.
Alguém que tem muito dinheiro perde um pacote de dinheiro, as vezes nem dá pela falta, ou dá tem poucos problemas de insônia, dinheiro não falta... quem acha o dinheiro? Sempre um catador de papel, um garí ou um outro fudido qualquer... qual a primeira coisa em que ele pensa: Preciso encontrar o dono!
Como o dinheiro foi encontrado na praça em frente a uma imponente agencia bancária, nada mais lógico do que devolver o dinheiro no banco. Assim foi.
Um baita fila para passar pela porta giratória, depois o fudido ficou preso na porta... o segurança chamou outro segurança que também não gostou nem um pouco do pacote que o suspeito tinha nas mãos, mandaram ele abrir o pacote ali dentro mesmo da gaiola de vidro, quando viram os maços de dinheiro abriram a boca e liberaram a entrada.
Mais uma hora prá conseguir falar com alguém de alguma importância na agência, se é que em banco lá trabalha alguém que tem importância, se tivesse alguma estaria num outro lugar fazendo algo melhor.
Finalmente atendido com todos os descasos do mundo conseguiu de forma rudimentar descrever o que havia acontecido até então, espanto geral, mais espantos, todos sabiam da perda e o gerente foi chamado.
Veio de cara amarrada, contrariado mas quando via a dinheirama mudou a cara na hora.
Levou o fudido para o fundo da agência e disse que tudo bem não chamaria a polícia. Cutucado por um puxa sacos qualquer, achou razoável baixar o tom e simulou um muito obrigado...
- Muito obrigado... como é mesmo sua graça?
- José...
- Então seu José, pode deixar que eu encaminho o numerário para o seu legítimo dono.
- (?) ... que porra é numerário... (?)
- Ah, mais uma coisa...
- Eih...
- O senhor aceita um cafezinho?
Mais um cutucão do aspone ( - A tia do café saiu mais cedo... foi ao médico )...
- Ah, sim claro, hoje não tem cafézinho... mas mesmo assim estamos muito gratos...
Nem deu a mão pro zé e legou o pacote com R$ 28.000,00 prá longe do suspeito.