Marlene atendeu seu último cliente com uma fome cruel.
Trancou a gaveta de seu caixa e lamentou não poder encarar um feijoada naquela quarta-feira, teria que se esforçar e ficar só com uma coxinha.
Cruzou a rua rumo ao Boteco Rapidinho com a água já brotando na boca.
Pisou com o pé direito dentro do boteco e um rapaz meio ensebadinho falou prá ela com uma surpreendente voz autoritária e absolutamente impessoal:
- Não pode entrar com celular, nem com carteira, nem com chave... e essas pulseiras ai também não "pode"...
Marlene sem entender deu um passo atrás.
O rapaz completou, agora já com uma afirmação mais contextualizada dentro do campo pessoal:
- A senhora é a Dona Marlene do Banco Coxinha né?... então, bancário não pode entrar aqui no boteco com celular, nem com carteira, usando capacete, com mochila, guarda-chuva também pode não.
Marlene foi falar mas o ensebadinho completou muito mais ligeiro:
- A senhora vai ter que deixar tudo do lado de fora se quiser entrar aqui...
Marlene ficou com cara de bosta e não sabia se ria ou chorava, só conseguiu falar:
- Mas vocês não tem guarda volumes aqui, onde eu vou deixar...
O ensebadinho cortou fulminante:
- Não sei, e também bancário não pode usar o banheiro aqui não, já tá sabendo né? e a senhora tem que afastar um passo agora, tem que voltar prá calçada.
Nisso entra um eletricista carregando uma sacola de ferramentas e o ensebadinho nem toma conhecimento.
Marlene indignada então fala:
- Eu não vou entrar nessa porcaria...
O ensebadinho nem ouvia o que ela falava e não fazia conta alguma, só disse:
- A senhora vai ter que pagar R$ 14,70 por ter pisado no boteco e por ter usado o meu serviço de informações, mas essa taxa vale por 30 dias, fique tranquila...
- E você acha que eu vou pagar?
- Sei lá, se não pagar a gente manda seu nome prá Serasa, dá um passo prá trás que a senhora esta atrapalhando os outros clientes.
Entra uma senhora com um carrinho de feira e um rapaz com um skate.
Trancou a gaveta de seu caixa e lamentou não poder encarar um feijoada naquela quarta-feira, teria que se esforçar e ficar só com uma coxinha.
Cruzou a rua rumo ao Boteco Rapidinho com a água já brotando na boca.
Pisou com o pé direito dentro do boteco e um rapaz meio ensebadinho falou prá ela com uma surpreendente voz autoritária e absolutamente impessoal:
- Não pode entrar com celular, nem com carteira, nem com chave... e essas pulseiras ai também não "pode"...
Marlene sem entender deu um passo atrás.
O rapaz completou, agora já com uma afirmação mais contextualizada dentro do campo pessoal:
- A senhora é a Dona Marlene do Banco Coxinha né?... então, bancário não pode entrar aqui no boteco com celular, nem com carteira, usando capacete, com mochila, guarda-chuva também pode não.
Marlene foi falar mas o ensebadinho completou muito mais ligeiro:
- A senhora vai ter que deixar tudo do lado de fora se quiser entrar aqui...
Marlene ficou com cara de bosta e não sabia se ria ou chorava, só conseguiu falar:
- Mas vocês não tem guarda volumes aqui, onde eu vou deixar...
O ensebadinho cortou fulminante:
- Não sei, e também bancário não pode usar o banheiro aqui não, já tá sabendo né? e a senhora tem que afastar um passo agora, tem que voltar prá calçada.
Nisso entra um eletricista carregando uma sacola de ferramentas e o ensebadinho nem toma conhecimento.
Marlene indignada então fala:
- Eu não vou entrar nessa porcaria...
O ensebadinho nem ouvia o que ela falava e não fazia conta alguma, só disse:
- A senhora vai ter que pagar R$ 14,70 por ter pisado no boteco e por ter usado o meu serviço de informações, mas essa taxa vale por 30 dias, fique tranquila...
- E você acha que eu vou pagar?
- Sei lá, se não pagar a gente manda seu nome prá Serasa, dá um passo prá trás que a senhora esta atrapalhando os outros clientes.
Entra uma senhora com um carrinho de feira e um rapaz com um skate.
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